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Ressonância Magnética

A Ressonância Magnética é uma técnica utilizada no diagnóstico por imagem que utiliza informações fornecidas por átomos de hidrogênio presentes em nosso organismo para formação de imagens. Diferente da maioria dos métodos disponíveis em radiodiagnóstico, esta modalidade não utiliza radiação ionizante para aquisição de imagens médicas e por este motivo, imagens gestacionais podem ser obtidas a partir do primeiro trimestre de gestação.
A física envolvida no processo de formação de imagem por Ressonância Magnética utiliza o campo magnético presente nos equipamentos instalados associados a pulsos de radiofrequência que acabam por produzir efeitos perturbadores nos movimentos dos átomos de hidrogênio de nossos corpos, que funcionam como pequenos magnetos. Estas perturbações são detectáveis por antenas, bobinas específicas utilizadas para cada tipo de exame. Posteriormente, sinais elétricos captados por estas estruturas são transformados em imagens mediante uso de sistemas avançados de computadores.
As imagens de Ressonância Magnética tem excelente resolução, com grande detalhamento anatômico, demonstrando órgãos e estruturas com riqueza de detalhes, incluindo sistema nervoso, musculatura, cartilagens, tendões e ligamentos. A qualidade das imagens é proporcional a potência do campo magnético associado ao equipamento, ou seja, quanto maior o campo magnético produzido pelo magneto, melhor a resolução da imagem médica.
Devido ao poder de atração do campo magnético existente nos equipamentos de ressonância magnética, componentes ferromagnéticos são contraindicados no ambiente de exames. Desta forma, faz-se necessária uma triagem minuciosa dos pacientes, acompanhantes e colaboradores. Questionários devem ser aplicados para verificação e constatação da inexistência de componentes ferromagnéticos no organismo, como por exemplo próteses, implantes, marca-passos, clip de aneurisma, dentre outros. Tatuagens podem ser constituídas por pigmentos metálicos e por este motivo estão também contraindicadas no primeiro semestre de confecção.

Em média, o exame de Ressonância Magnética pode durar entre 20 e 40 minutos, dependendo da região de interesse e da complexidade do estudo. A colaboração do paciente é muito importante para o êxito da aquisição das imagens, evitando repetições e prolongamento do tempo do paciente em sala. Durante o período de aquisição das imagens, o paciente deverá permanecer imóvel, na mesma posição, uma vez que a qualidade das imagens geradas está diretamente associada a ausência de movimentos.

Durante todo o período de realização do procedimento de exame, o paciente é monitorado pela equipe do setor de Ressonância Magnética, existindo ampla visibilidade do mesmo no equipamento e sistema de comunicação entre as salas.

A evolução e aperfeiçoamento da técnica de Ressonância Magnética caminha a passos largos, surgindo inovações tecnológicas a todo momento, proporcionando cada vez mais qualidade diagnóstica e segurança. Atualmente, o método vem proporcionando mais que uma análise morfológica e estrutural. Através de estudos por Ressonância Magnética é possível estudarmos o metabolismo e a fisiologia do corpo humano, investigando sua integridade e funcionamento. As Ressonâncias Magnéticas Funcionais são um exemplo, bem como imagens por Difusão que avaliam a integridade dos tecidos e a Espectroscopia de Prótons que disponibiliza uma análise metabólica de determinadas regiões de interesse.

 

Regina Paula Soares Diego
Biomédica Coordenadora da Clínica Omnimagem
Habilitada em Imagenologia – CRBM 1 : 9417 / CRBM 2: 2785
Mestre em Ciências Morfofuncionais – Universidade Federal do Ceará
Doutoranda em Ciências Farmacêuticas – Universidade Federal do Ceará

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